domingo, 3 de maio de 2015

Regeneração da cartilagem e formação da hérnia de disco

A coluna vertebral é composta de uma série de vértebras e realiza movimento como flexão, extensão, inclinações laterais e rotações de tronco. Tem como funções proteger a medula espinhal, sustentar a cabeça e servir como ponto de fixação para as costelas e os músculos do dorso.
A coluna vertebral de um adulto é dividida em 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, 5 vértebras sacrais e 4 vértebras coccígeas, sendo as sacrais e coccígeas imóveis. Entre as vértebras há discos intervertebrais compostos de uma parte periférica, consistindo de fibrocartilagem (anel fibroso), e uma parte central mole (núcleo pulposo), altamente elástica. Os discos intervertebrais cartilaginosos são de 3 a 7 mm de espessura, e do diâmetro do corpo das vértebras correspondentes. Tem como função ligar uma vértebra a outra, permitindo a sua mobilidade e atuando como um colchão de água, ao se deslocarem em direção à área vertebral de maior pressão. 
A hérnia de disco ocorre quando as formações de cartilagem entre um osso e outro se inflamam ou se desgastam, fazendo com que haja atrito entre as vértebras. O disco amortecedor que está danificado faz com que os nervos, antes protegidos, sejam comprimidos. Logo, a dor aparecerá conforme a região da vértebra afetada. Visto isso, a regeneração é tentada, mas há má circulação no disco e qualquer reparo fibroso é mais fraco do que o tecido normal e leva um longo tempo devido ao estado relativamente avascular do disco.
 
 

Medula Vermelha x Medula Amarela

                Medula óssea vermelha e medula óssea amarela na Hematopoiese
A medula óssea vermelha compreende a região dos ossos que ainda possui atividade hematopoiética. Há predominância dos eritrócitos em maturação que lhe confere uma cor vermelha escura, por isso o nome “medula óssea vermelha”. E os ossos que são preenchidos por tecido adiposo, que se localizam na diáfise dos ossos longos e não produzem mais células sanguíneas compreendem a medula óssea amarela.
Até os cinco anos de idade todos os ossos do corpo participam do processo de hematopoiese. Contudo, com o avanço da idade os ossos longos periféricos perdem essa propriedade, de forma que a medula é invadida por tecido adiposo tornando-se menos ativa e de cor amarela. Visto isso, no idoso este tecido é o elemento predominante. Na fase adulta apenas alguns ossos permanecem com a capacidade de desenvolvimento celular sanguíneo como, por exemplo, os ossos da pelve, esterno, ossos do crânio, epífises proximais do úmero e fêmur, e costelas.
Essa substituição da medula por gordura é um processo reversível. Em casos de hemorragia e anemia, a medula óssea amarela pode transformar-se em medula óssea vermelha e voltar a produzir células do sangue.
A talassemia e a anemia aplástica são algumas patologias que afetam as células do sangue de forma a ser necessária a substituição da medula doente por uma saudável, este processo é comumente conhecido como transplante de medula óssea. A talassemia é uma doença hereditária, sendo sua principal característica a produção anômala de hemoglobina, proteína carreadora de oxigênio para os tecidos do organismo. Esta patologia causa anemia profunda, o aumento do baço, atraso no crescimento e problemas nos ossos. Além disso, a doença pode ser diagnosticada através de análise do histórico clinico do paciente e exames de laboratório. Os tratamentos mais recomendados para esse tipo de caso são transfusões de sangue e, principalmente, o transplante de medula óssea.
E a anemia aplástica, é uma patologia caracterizada pela diminuição simultânea dos elementos figurados do sangue (pancitopenia). A doença causa fadiga, falta de ar, taquicardia e palidez pelo baixo número de hemácias; infecções frequentes devido à diminuição dos leucócitos; hemorragias constantes, sangramento nasal pela deficiência de plaquetas. O diagnóstico é feito pelo hemograma que relata quantidade inferior, de elementos sanguíneos, aos valores de referência, e a biópsia da medula óssea que apresentará uma quantidade reduzida de células sanguíneas. O principal meio e o mais eficaz de tratamento da anemia aplástica, além de medicamentos que possam estimular a produção de novas células sanguíneas, é o transplante de medula óssea que, embora eficiente, pode trazer riscos ao paciente como a rejeição do transplante.