domingo, 3 de maio de 2015

Medula Vermelha x Medula Amarela

                Medula óssea vermelha e medula óssea amarela na Hematopoiese
A medula óssea vermelha compreende a região dos ossos que ainda possui atividade hematopoiética. Há predominância dos eritrócitos em maturação que lhe confere uma cor vermelha escura, por isso o nome “medula óssea vermelha”. E os ossos que são preenchidos por tecido adiposo, que se localizam na diáfise dos ossos longos e não produzem mais células sanguíneas compreendem a medula óssea amarela.
Até os cinco anos de idade todos os ossos do corpo participam do processo de hematopoiese. Contudo, com o avanço da idade os ossos longos periféricos perdem essa propriedade, de forma que a medula é invadida por tecido adiposo tornando-se menos ativa e de cor amarela. Visto isso, no idoso este tecido é o elemento predominante. Na fase adulta apenas alguns ossos permanecem com a capacidade de desenvolvimento celular sanguíneo como, por exemplo, os ossos da pelve, esterno, ossos do crânio, epífises proximais do úmero e fêmur, e costelas.
Essa substituição da medula por gordura é um processo reversível. Em casos de hemorragia e anemia, a medula óssea amarela pode transformar-se em medula óssea vermelha e voltar a produzir células do sangue.
A talassemia e a anemia aplástica são algumas patologias que afetam as células do sangue de forma a ser necessária a substituição da medula doente por uma saudável, este processo é comumente conhecido como transplante de medula óssea. A talassemia é uma doença hereditária, sendo sua principal característica a produção anômala de hemoglobina, proteína carreadora de oxigênio para os tecidos do organismo. Esta patologia causa anemia profunda, o aumento do baço, atraso no crescimento e problemas nos ossos. Além disso, a doença pode ser diagnosticada através de análise do histórico clinico do paciente e exames de laboratório. Os tratamentos mais recomendados para esse tipo de caso são transfusões de sangue e, principalmente, o transplante de medula óssea.
E a anemia aplástica, é uma patologia caracterizada pela diminuição simultânea dos elementos figurados do sangue (pancitopenia). A doença causa fadiga, falta de ar, taquicardia e palidez pelo baixo número de hemácias; infecções frequentes devido à diminuição dos leucócitos; hemorragias constantes, sangramento nasal pela deficiência de plaquetas. O diagnóstico é feito pelo hemograma que relata quantidade inferior, de elementos sanguíneos, aos valores de referência, e a biópsia da medula óssea que apresentará uma quantidade reduzida de células sanguíneas. O principal meio e o mais eficaz de tratamento da anemia aplástica, além de medicamentos que possam estimular a produção de novas células sanguíneas, é o transplante de medula óssea que, embora eficiente, pode trazer riscos ao paciente como a rejeição do transplante.

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